quinta-feira, 6 de maio de 2010

Coligações baianas ameaçadas

Na seara nacional, a maioria dos partidos começa a montar seus tabuleiros. No entanto, toda essa movimentação tem colocado em xeque as alianças consolidadas pelos diretórios estaduais, que, curiosamente, se anteciparam. Na Bahia, por exemplo, nada menos que quatro partidos – PPS, PSC, PP e PTB – se encontram em risco de ter que voltar atrás das suas decisões devido à incompatibilidade nos palanques, sobretudo, os de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
A legislação eleitoral é clara e proíbe que um candidato faça campanha para candidatos de partido ou coligação adversários, o que pode resultar em ação por infidelidade e perda da legenda para disputar a eleição. Nesses casos, o futuro de cada sigla, no sentido literal da palavra, encontra-se nas mãos das executivas nacionais, que podem flexibilizar e liberar os acordos regionais.
O PSC, que anteontem decidiu por marchar com Serra e na Bahia está fechado com o PMDB, de Geddel. O partido, assim como o PP, tem nome cotado para integrar a chapa: ninguém menos que o presidente estadual da sigla, Eliel Santana. No entanto, ele assegurou que o PSC antes de fechar com os peemedebistas teve autorização prévia da executiva nacional e não terá problemas com o novo direcionamento.
PTB engloba lista
O PTB, que também faz parte da coligação peemedebista, deve decidir ainda esta semana o apoio nacional ao ninho tucano. O presidente estadual da legenda, Jonival Lucas Junior, foi procurado pela Tribuna, mas não foi encontrado. Entretanto, vale ressaltar que na mesma linha que o PSC e o PP, o PTB conta com a grande possibilidade de emplacar o vice-prefeito da cidade, Edvaldo Brito, para disputar o Senado, ao lado do senador César Borges.
Em entrevista recente, Jonival fez questão de assegurar que “estamos trabalhando para que o grupo que apoia Geddel cresça ainda mais”. Em meio aos “casamentos e probabilidades de divórcios”, vale lembrar que a Lei 9.504/97 prevê a impugnação da candidatura para quem fizer campanha para outra coligação. Esta condição persiste em qualquer cargo que o “infiel” for disputar.

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