Acusado de estupro é preso em Itabuna

Agentes da 1ª delegacia de polícia conseguiram prender na manhã de ontem, 17, o servente Luciano Gomes dos Santos, de 31 anos, morador do bairro Califórnia, em Itabuna, sob acusação de invadir uma casa e estuprar uma mulher. O crime ocorreu na noite do último domingo (15).

Segundo a polícia, o acusado foi detido próximo ao semi-anel rodoviário ao tentar fugir após avistar as viaturas.

Em entrevista, Luciano Gomes admitiu ter praticado sexo com “R”, mas alega ter sido provocado pela mulher. “Ela me atendeu na casa dela de toalha, mas não foi assim como estão falando”, esquiva-se.

O preso também recordou que estava “tomando umas” e, por isso pode ter acontecido. “Rapaz eu me arrependo disso, mas não fiz nada a força”, argumenta.

Questionado se houve agressão física contra “R”, ele garantiu que não. “Agressão! Nem pensar rapaz, não teve nada de força”, espanta-se.

Exames comprovam estupro

A mulher de 39 anos, que sofre de deficiência auditiva foi submetida a exames médicos legais como corpo e delito, além de ser examinada pelos infectologistas Lisboa e Julio Brito, no Centro de referência de doenças sexualmente transmissíveis, segundo a família.

“Os médicos passaram um monte de remédio para tratar dela, por que não sabemos pro onde esse monstro passou”, explica.

“R” chegou a DEAM (Delegacia Especial de Atendimento a Mulher) assustada, no entanto, as marcas no rosto e na boca mostravam a violência praticada pelo acusado dois dias antes.

Possibilidade de liberdade

Acompanhada do advogado "R" foi prestar depoimento. Mas do lado de fora da delegacia, parentes e amigos faziam um manifesto contra uma possível liberdade de Luciano Gomes.

O motivo

Bem simples, ele não foi preso em flagrante. Nesse caso a justiça pode liberar o indivíduo de forma legal.

Por outro lado, o advogado da vítima, informou que, existem outros elementos que contribuem para a permanência de Luciano na cadeia.

“Existe aqui a integridade física dele e uma ameaça de morte proferida pelo acusado à família da vítima”, explica.

O defensor se refere a manifestação existente no lado de fora da delegacia, pois os parentes e amigos bradavam que, “se soltar esse monstro, vamos pegar”.

O servente Luciano Gomes até o final da tarde desta terça-feira estava sendo ouvido pela delegada Ivete Santana. A policial informou ter solicitado a preventiva dele, no entanto, caso não fosse concedida, Luciano seria solto.

“Não posso trabalhar dentro da ilegalidade, o papel da polícia foi cumprido”, informa a delegada.

Radar Noticias