terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vítimas de rede espanhola sabiam que iam se prostituir, diz polícia

Cerca de 70 homens estão entre as vítimas de uma rede de prosituição que aliciava homens brasileiros e os levava para a Espanha, onde eram forçados a trabalhar em condições precárias e sem intervalos, segundo informações passadas pela polícia. A organização foi desmontada nesta terça-feira (31) e a polícia divulgou um vídeo com imagens do local em que os brasileiros foram encontrados.

As vítimas sabiam que viajavam para se prostituir, mas, segundo a polícia espanhola, pensavam que trabalhariam também como modelos, e que a as condições de trabalho seriam mais amenas. Os gigolôs eram obrigados a tomar Viagra e usar drogas como cocaína e poppers (uma substância para estimulação sexual) para se manterem ativos 24 horas por dia.

Imagem divulgada pela Polícia Nacional da Espanha mostra a rede de exploração sexual de homens descoberta no país.
Alguns deles vivem legalmente na Espanha e poderão continuar a viver na Europa. Outros, em situação ilegal, já foram presos e serão deportados nos próximos dias. A polícia espanhola não divulgará a lista com nome dos exploradores e não facilita o contato com as vítimas que se prostituíam.

Ao todo, 14 pesoas foram presas em diferentes províncias da Espanha
Desarticulação
A polícia da Espanha desarticulou a primeira rede de tráfico de homens, a maioria provenientes do Brasil. Ao todo, 14 pesoas foram presas em diferentes províncias da Espanha, segundo comunicado da polícia divulgado nesta terça-feira (31).

As vítimas viajavam enganadas quanto às condições de trabalho e, sobretudo, quanto aos valores que teriam devolver à organização por conta de despesas de viagem.

No início, os jovens eram informados de que só deveriam custear a passagem, quando na realidade eram exigidas quantias que em algumas ocasiões superavam os quatro mil euros. Ao chegarem na Espanha, os brasileiros eram recebidos pelo líder da rede, que distribuía os homens em diferentes casa e ofereciam cocaína, poppers e viagra.

Se os homens se negassem ou causavam algum tipo de problema, os responsáveis pela rede faziam ameaças, inclusive de morte.

Além de delitos contra os direitos dos cidadãos estrangeiros, relativos à prostituição, contra os direitos dos trabalhadores e formação de quadrilha, os principais responsáveis estão acusados de fornecer drogas e outras substâncias ilegais, tanto a clientes quanto às vítimas.

* Com informações da France Presse e Efe

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