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Segundo o psiquiatra Adalberto Barreto, da Universidade Federal do Ceará, e o padre Hélio Correia de Freitas, que é parapsicólogo e acompanhou o caso no local, os estudantes podem ter sofrido um ataque de histeria coletiva.
A psicóloga Kátia Gandolpho Cunsolo, confirma que o caso tem características típicas desse tipo de problema. Ela explica que a histeria coletiva é uma espécie de explosão de sentimentos, de vontades reprimidas que é disparada em várias pessoas ao mesmo tempo.
"O material recalcado vem disfarçado sob a forma de um sintoma corpóreo. É uma espécie de teatro corporal", explica Kátia, que se especializou em psicanálise – a corrente da Psicologia que se baseia nos estudos do médico Sigmund Freud.
Os sentimentos recalcados, segundo a psicóloga, ficam guardados no inconsciente porque não foram exprimidos. "Uma ideia que não foi verbalizada, que não foi simbolizada. Um medo, uma tristeza, uma angústia. Esse medo não tem nome e escapa pela via do corpo."
Os sentimentos recalcados, segundo a psicóloga, ficam guardados no inconsciente porque não foram exprimidos. "Uma ideia que não foi verbalizada, que não foi simbolizada. Um medo, uma tristeza, uma angústia. Esse medo não tem nome e escapa pela via do corpo."
Casos históricosVárias ocorrências de histeria coletiva foram registradas ao longo da história. Ainda 1518, em Estrasburgo, hoje no território da França, centenas de pessoas começaram a dançar de forma descontrolada. A epidemia, batizada de "Praga da Dança", acabou matando muitos de exaustão.
Outro caso mundialmente conhecido ocorreu em um colégio de freiras no México em 2007. Lá, cerca de 600 alunas começaram a apresentar dificuldades para andar. Depois de muitos exames físicos, a conclusão foi de que as regras rígidas da escola acabaram desencadeando a histeria coletiva.
Segundo Kátia, esses casos são cada vez menos comuns, pois as pessoas já não têm tantos sentimentos reprimidos. "Hoje existe uma possibilidade maior de nomeação dos afetos, e as pessoas têm mais liberdade de expressão."
Problemas espirituaisPara o psicólogo clínico Julio Peres, doutor em neurociências pela USP, é necessário levar em consideração a possibilidade de os jovens do Ceará terem sofrido um problema ligado à sua espiritualidade, e não um transtorno psiquiátrico.
"É possível que tenha havido uma experiência espiritual. O DSM IV [manual de diagnóstico de saúde mental utilizado em vários países do mundo] reconhece a existência de problemas espirituais e religiosos", afirma.
Fonte: G1
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