Policial militar atira em vereador do município de Caravelas após discussão política

A discussão seguida de tentativa de homicídio aconteceu num bar localizado na própria cidade de Caravelas, envolvendo o vereador José Augusto Maciel, o Zé Mamão (PSDC), e o policial militar Marcos dos Santos, o soldado Santos, que é ligado ao Partido Progressista no município, mesma legenda do prefeito Luiz Antônio Alvim Delgado, o Loló.

Segundo populares que também estavam no estabelecimento comercial no momento da confusão, tudo teria começado após o policial militar ter dito que já havia dado dinheiro a um outro vereador da cidade, como forma de conseguir o seu apoio em favor de projetos da administração municipal.

Com isso o vereador Zé Mamão teria saído em defesa do colega, quando após ofensas mútuas, o policial sacou um revólver calibre 38 e atirou contra o parlamentar. O tiro não acertou o alvo e na sequência o militar foi contido.

Inicialmente foi noticiado pela imprensa local que o soldado Santos teria fugido em um veículo Fiat Pálio para a 43ª Companhia Independente da Polícia Militar de Itamaraju, mas esta informação foi descartada na tarde desta terça-feira (22), pelo Major Raimundo Magalhães. O Major Magalhães disse que o soldado Santos não é lotado na 43ª CIPM e sim no 13º Batalhão da Polícia Militar de Teixeira de Freitas.

Segundo o Major Ozires Cardoso, que devido a uma viagem do tenente-coronel Antonio Barbosa Neto, está no comando interino do 13º Batalhão da Polícia Militar de Teixeira de Freitas, a arma do policial já foi aprendida pela própria Polícia Militar e levada para a sede do 13º BPM e que o soldado Marcos Santos compareceu espontaneamente à sede da unidade acompanhado de um advogado, onde foi ouvido em inquérito regular militar. O vereador José Augusto Maciel, o Zé Mamão (PSDC), também já prestou depoimento formal, quando confirmou a tentativa de homicídio.

Segundo ainda informou o Major Ozires Cardoso, o procedimento administrativo está a cargo do Tenente Carrilho, que a partir de agora apurará todas as circunstâncias do ocorrido e terá a responsabilidade de decidir o que pode acontecer com o soldado Santos, um policial militar com mais de 10 anos de serviço.

“A Polícia Militar vai apurar com rigor todos os detalhes do ocorrido e será o Tenente Carrilho, o responsável pelas investigações. Felizmente ninguém foi atingido pelo tiro”, disse Ozires Cardoso.

Por ter se apresentado de maneira espontânea e como o processo militar ainda levará tempo pra ser concluído, o soldado Santos continuará na ativa. Mas não é descartada a possibilidade de alguma medida de punição durante o desenrolar do procedimento administrativo militar.

Fonte: TN