quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Médico diz que jovem viciada em crack tem 1 mês de vida. E mãe pede ajuda

foto ilustrativa

Uma dona de casa entrou em desespero ao ouvir de um médico do Pronto-Atendimento (PA) de Cobilândia, em Vila Velha/ES, que sua filha, de 29 anos, tinha apenas um mês de vida.  Patrícia Teixeira Ferreira é viciada em crack, e o alerta foi feito no último dia 6. 

Mas Osmarina Teixeira Ferreira, 55, não desiste de salvar a filha: ontem, ela foi ao Hospital Estadual de Atenção Clínica (HEAC), antigo Adauto Botelho, em Cariacica, e fez um apelo por ajuda.

Disse que a filha chegou a fumar 70 pedras de crack numa única noite. Já foi baleada e esfaqueada e só tem 29 anos.

A relação de Patrícia com as drogas começou aos 9 anos, quando ela começou a usar maconha e cocaína.  A mãe disse que ela só não usou drogas injetáveis. Há três meses, o consumo de crack se intensificou, e a jovem não se alimenta e está tão fraca que não conversa mais.  A comunicação é toda feita por meio de cartas.

Em outubro passado, a jovem teve uma overdose em casa, no bairro Vale Encantado, em Vila Velha.  Desesperada, a mãe ligou para o Serviço Móvel de Urgência (Samu), mas não teve o pedido de socorro atendido. Na ocasião, a ajuda veio de um vizinho.

Atualmente, também é uma vizinha quem tenta ajudar Patrícia. Uma das soluções apontadas por ela foi uma vaga no Hospital da Polícia Militar (HPM), referência em tratamento de dependentes químicos.  Mas, segundo a família, a resposta também foi negativa.

Socorro

Ontem à tarde, diante de uma crise de abstinência, um novo chamado foi feito ao Samu.  A médica que atendeu ao telefonema disse que Patrícia deveria ser levada ao PA de Cobilândia. A Secretária de Saúde (Sesa) esclareceu que o Samu atende a casos de parada cardiorrespiratória, suspeita de infarto e suspeita de AVC (derrame), entre outras doenças graves.  Disse, ainda, que a jovem foi encaminhada ao hospital referência.

Pedido de ajuda

"Não quero morrer nas drogas"

Socorro, não tenho mais força.  Fundo do poço. Tô sem pulmão e com problemas nas costas.

Só sinto o esqueleto. (...) Não quero morrer nas drogas nem fumando nem bebendo. Só peço ajuda."

Ela trocava até roupa por droga

Para comprar a droga que consome, Patrícia Teixeira Ferreira já usou até o benefício da aposentadoria que a mãe recebe mensalmente. Ela pegava o cartão da mãe e sacava cerca de R$ 70,00. Hoje, tem que esconder o cartão, segundo  Osmarina Teixeira Ferreira, mãe da jovem.

Dona Osmarina revelou que a filha já vendeu grande parte das roupas, roubou seis celulares dentro de casa e vendeu até xampu e rolos de papel higiênico. As roupas íntimas de Patrícia também já viraram moeda de troca para conseguir o crack.

A mãe revela que traficantes já foram mais de uma vez cobrar dívidas de drogas na porta da casa dela.  E que já cansou de dar dinheiro para a filha, sabendo que o valor era para alimentar o vício da jovem. "É melhor do que ela roubar os outros", justificou.

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