segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Chineses e japoneses vão às ruas em disputa por ilhas

Milhares de chineses protestaram  contra o Japão e sua reivindicação de soberania sobre ilhas disputadas pelos dois países, em uma manifestação de proporção muito maior que as anteriores sobre o tema.  Os japoneses, por sua vez, também foram às ruas para participar de uma marcha com objetivo parecido em Tóquio.

Fotos feitas na cidade de Chengdu e Zhengzhou, na região central da China, mostram centenas de pessoas marchando com cartazes e placas com manifestos contra o pleito japonês sobre as ilhas.  As cinco ilhas no Mar da China são chamadas de Diaoyu pelos chineses, Tiaoyutai pelos taiwaneses e Senkaku pelos japoneses.  Os três disputam as ilhotas desabitadas há décadas, desde a descoberta de jazidas de gás e petróleo no local.

No centro de Tóquio, cerca de 2.500 pessoas marcharam com bandeiras nos arredores da embaixada chinesa para se oporem à reivindicação da China de soberania sobre as ilhas.  Alguns manifestantes também pediam a libertação do ativista Liu Xiaobo, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz deste ano e cumpre uma pena de 11 anos de prisão por subversão.



Os manifestantes de Chengdu quebraram vitrines e janelas de lojas das empresas japonesas de varejo Ito-Yokado e Isetan, segundo informou a agência de notícias Kyodo.  Mais de 2 mil pessoas foram às ruas de Chengdu e milhares de estudantes universitários se mobilizaram na cidade de Xian, segundo a agência estatal Xinhua.

Na China, as manifestações são controladas e, em algumas ocasiões, o governo coloca um fim intempestivo às passeatas.  Não estava claro se os organizadores das marchas tinham permissão para fazê-las. Aparentemente, a mobilização teria sido uma resposta a matérias publicadas na internet sobre o protesto japonês.  A polícia das cidades chinesas de Chengdu, Xian e Zhengzhou não confirmaram os protestos.  "Foi pacífica e sem choques", disse sobre a marcha o empregado de um café da rede norte-americana Starbucks nos arredores da praça de Chengdu, onde ocorreu o ato.


AE

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