quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Venda de mamadeira fabricada com substância potencialmente cancerígena pode ser proibida

Mamadeiras e chupetas que contenham a substância química bisfenol-A não poderão ser vendidas e nem mesmo oferecidas gratuitamente. A proibição, que objetiva evitar possíveis riscos à saúde das crianças, está contida em projeto (PLS 159/2010) do senador Gim Argello (PTB-DF) em exame na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

O bisfenol-A é uma substância usada na produção de plásticos e resinas. Produz materiais denominados de policarbonatos, que são moldáveis quando aquecidos e, por isso, muito úteis para a indústria. Tais materiais apresentam também estabilidade e resistência a impactos e ao fogo.

No entanto, argumenta o senador, estudos demonstram que o bisfenol-A teria potencial cancerígeno, além provocar efeitos adversos no desenvolvimento físico, neurológico e comportamental de crianças, devido ao fato de o componente químico exercer atividade similar à de hormônio.

Em experimentos com animais, informa Gim Argello, revelou-se que doses altas de bisfenol-A podem causar alterações na próstata e no trato reprodutivo masculino. Foram detectados também, de acordo com o senador, problemas no desenvolvimento cerebral de roedores expostos a concentrações elevadas da substância.

Essas evidências têm provocado o debate no meio científico quanto à segurança do uso de produtos à base de bisfenol-A, especialmente para utensílios usados na alimentação de crianças e lactentes.

Denise Costa / Agência Senado

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